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terça-feira, 23 de junho de 2015

QUEM FOI O 5º BEATLE?



                                              O BEATLE QUE NÃO FOI RECONHECIDO



Este é um papo manjado entre os beatlemaníacos. Quem foi o quinto beatle? Ele realmente existiu?



Hoje, Stuart Sutcliffe estaria completando 75 anos. Ele é um forte concorrente ao cargo honorário de 'quinto beatle', pois fez parte da banda até 1962, tocando baixo. Grande amigo de John Lennon, Stu entrou para os Beatles graças a insistência deste. Seu forte não era a música. Ele era na verdade um grande artista, e seus quadros valorizaram muito após sua morte. Deixaremos então Stu na 'lista de espera'.




Talvez o candidato mais viável a este posto, por ter 'descoberto' o talento deles, seja o empresário Brian Epstein. McCartney, que nunca foi muito amigo dele, disse uma vez: "se existiu um quinto beatle, ele foi Brian". É verdade. Epstein tirou os caras de um porão úmido e decadente, os orientou a como se portar num palco, e buscou contrato com gravadoras para que finalmente eles pudessem gravar um disco. Foi trabalho duro, mas Brian venceu a batalha. No entanto, seu pouco tino para os negócios, faria os Beatles perder muito dinheiro, principalmente em negociações de royalties. O contrato para a trilha sonora de 'A Hard Day's Night', também foi uma piada, com os Beatles arrecadando muito menos do que deveriam.
Enfim, Brian aguarda no primeiro lugar na nossa 'lista de espera'.




Tenho certeza que muitos votos iriam para o produtor George Martin.
Martin, que trabalhava no selo Parlophone, da EMI, em 1962, quando Epstein foi lhe mostrar umas demos de um grupo de Liverpool, imediatamente enxergou alguma coisa naqueles rapazes. Porém, no início, Martin ficava procurando por um cantor principal (que poderia ser Paul ou John na opinião dele), e o grupo de apoio. George custou a se dar conta que o forte da banda era o todo.
Martin foi essencial nas primeiras gravações, mostrando como funcionava um estúdio para os garotos, e tendo a humildade necessária, para depois de um certo tempo, deixar os caras à vontade nas gravações. Sua presença seria menos necessária com o tempo. Somente quando começaram as brigas internas, Paul foi buscar novamente o velho maestro para unir o grupo. Ele fica de nº 2 na fila.




Pouco conhecido do grande público, mas um cara que fez muito pelo som dos Beatles, é o engenheiro de som Geoff Emerick.
Geoff começou seu trabalho com os rapazes em 1965. Seu antecessor Norman 'Hurricane' Smith, queria se tornar produtor, e foi transferido para outra banda que estava começando: Pink Floyd!
Os Beatles lucraram muito com a chegada de Emerick. 'Rubber Soul', com a ajuda de Geoff, já mostra uma banda bem mais madura e dominando os estúdios. Ele insistiu com Paul para que usasse o baixo Rickenbacker, no lugar de seu tradicional Hofner, o que aumentou em muito o peso de músicas como 'Paperback Writer', por exemplo. Com o tempo, o trabalho de Emerick só aumentou com os rapazes, mas ele foi suficientemente talentoso para acompanhar a evolução da banda. Ele merece um crédito enorme pelos 'truques' de estúdio dos Beatles. Forte concorrente ao posto.




Podemos citar também os amigos dos caras, desde a época em que começaram, e que os acompanharam até após o final da banda. Deste grupo, se destacam de cara Mal Evans e Neil Aspinall.
Mal era o gigante simpático, antigo leão de chácara do Cavern, e depois roadie dos rapazes. Na verdade ele foi muito mais que roadie. Ele estava presente em todas as gravações, pronto tanto para ir buscar um chá, como para tocar um pandeiro. No final da banda, Mal chegou a se aventurar como produtor da banda Badfinger.




Neil era o motorista do grupo nos primeiros tempos. Amigo leal de Pete Best, primeiro baterista dos
caras, Neil quase largou o grupo quando Best foi chutado do conjunto em favor de Ringo Starr. Aspinall acabou ficando, e graças a seu talento como contador, a gravadora 'Apple' dos Beatles foi recuperada nos anos 90.

Sem dúvida temos que falar de Pete Best, o primeiro baterista da banda. Pete, não era na verdade grande amigo de nenhum dos outros do grupo, então sua saída pouco antes do início do sucesso dos Beatles, não foi uma surpresa. Seu talento como músico também era questionável.



 
Alguns chegaram a votar em Billy Preston, como 5º beatle. Sinceramente, não concordo. Billy, apesar de seu enorme talento, e de proporcionar um clima mais agradável nas fatídicas sessões do projeto 'Get Back/Let It Be', não participou assiduamente da banda. Aliás, Paul vetou qualquer maior participação dele como integrante perpétuo da banda.
Preston fica na reserva.

Para um diagnóstico final, devo dizer que todos os citados acima, contribuíram de uma maneira ou de outra para que os Beatles atingissem os seus objetivos. Uns mais, outros menos. Penso que colocar um 'quinto beatle' no grupo, mesmo oficiosamente, desmereceria o trabalho dos quatro. Lembro de um Paul McCartney magoado citando um artigo que dizia: 'Sgt Pepper's, o melhor trabalho de George Martin'.  "Pera aí, vamos devagar", disse o Macca, "o George ajudou, mas chamar 'Pepper's de um álbum dele é demais".
Para concluir, um sábio ditado popular: não se mexe em time que já ganhou!    

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