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domingo, 27 de março de 2011

Outono no Porto!


Depois do show de Paul McCartney em Porto Alegre realizado em novembro do ano passado, acho que voltei a me apaixonar pela cidade.
Tirei esta semana pra passar alguns dias por lá e aproveitei para visitar shoppings, livrarias, bares, etc...

O almoço na quinta foi no 'Bar do Beto'. Um belo lugar ali na 'Cidade Baixa', com uma comidinha maneira e um chopp bem gelado!
Logo depois, passeio no 'Praia de Belas', mais como desculpa pra chegar na Livraria Saraiva! Bonés Beatles e bottons à vontade!!


A noite, eu e a Sonia, acompanhados pela Titina demos uma longa volta pela Cidade Baixa, em busca de um lugar legal. Passamos no 'Insano' um bar exclusivo para amantes do jazz, mas acabamos no 'Dona Zefinha', onde a comidinha baiana rolava solta, e o 'escondidinho de camarão' também!! Estava bem animado.


Na sexta após um café da manhã sonolento no hotel, partimos para o 'Bourbon Country', onde me aguardava a Livraria Cultura. Livros era o que eu menos precisava, pois minha 'fila de leitura' teima em não baixar... Mesmo assim, a tentação foi muito grande com CDS: Al Green, Marc Bolan, George Jones, demos do Nick Drake e uma edição especial quádrupla do 'The Last Waltz' do The Band, me obrigaram a gastar um pouco mais do que o planejado.


Passados alguns chopps e cafés, deixamos o Bourbon e rumamos novamente para o hotel, para um aquecimento para a noite que se aproximava.
Nosso destino já estava traçado, era o 'Sgt. Pepper', pub situado no Moinhos de Vento há mais de 20 anos. Acompanhado da Sonia, da Titina e do Gabriel, cheguei cedo para conseguir uma mesa legal. Nos fundos do palco, um telão enorme mostrando clips dos Beatles, e de Paul McCartney em particular.
Lá pelas 11 da noite, começou o show da banda 'Corações Solitários' e o lugar já estava bombando!!
De Beatles, o repertório passava para Pink Floyd, Toto, George Harrison, Bob Dylan... Gente dançando nos cantos do bar, gente implorando pra entrar, o mezanino parecendo que ia cair nas nossas cabeças... Uma loucura!! Não costumo prestar atenção em bandas covers, mas aquela era diferente. Os caras tocam muito bem, e com vontade, com emoção, a gente pode sentir.


Após um show que para mim passou rapidíssimo, e muitas long necks depois, nada mais nos restava a não ser nos retirarmos para encarar o hotel. 
Ainda bem que eu tinha motorista... 

quarta-feira, 23 de março de 2011

As 'Capas Beatles'!


 As capas dos álbuns dos Beatles e sua própria imagem, sempre foram levadas muito a sério pelos carinhas.

No primeiro disco, o 'Please Please Me' (1963), eles ainda não tinham controle algum da situação, tanto no estúdio, como nas capas. Então simplesmente, num intervalo de gravação, os caras foram clicados nas escadas da EMI em Londres, por Angus McBean. Apesar de simples, mesmo esta foto ficaria famosa. Anos depois em 1969, eles repetiriam a mesma pose, no mesmo lugar, só que agora cabeludos e (ou ) barbudos. Esta nova foto que deveria ter sido usada no projeto abortado  de 'Get Back' só seria aproveitada em 1973 nos álbuns 'Vermelho' e 'Azul'!


Quando a EMI fez uma mudança de lugar nos estúdios na década de 70, ela foi obrigada a levar a escada junto, intacta, porque ela se transformou em 'patrimônio histórico Beatle'.


 No álbum 'With The Beatles' (1963), mais por dentro do que rolava na indústria do disco, e claro, tendo todos personalidades fortes, eles brigaram para fazer a capa de seu jeito.
O escolhido para o clique foi o fotógrafo Robert Freeman, já conhecido por suas fotos em preto & branco de músicos de jazz.
O que os Beatles queriam era algo parecido com as fotos que a fotógrafa alemã Astrid Kircherr tirara deles em Hamburgo antes de serem famosos. Astrid os clicava sempre em p&b, com suas roupas de couro escuras.
Freeman usou o mínimo de efeito e iluminação possíveis. Apenas colocou cadeiras num corredor de um hotel, pediu aos caras para colocarem seus suéteres pretos, e deixou a luz vir de uma janela de um quarto aberto, a sua esquerda.
Simples, porém marcante! Esta foto ficou na história como uma das primeiras grandes imagens dos Beatles.


Pulando 'A Hard Day's Night', em que eles aproveitaram fotos da filmagem para a capa do álbum, chegamos a 'Beatles for Sale' (1964). Clicados novamente por Robert Freeman, desta vez ao ar livre e a cores, no Hyde Park, o que salta aos olhos nesta foto, é a expressão de cansaço dos caras.
Não é para menos, eles estavam no auge da Beatlemania, com turnês exaustivas, apresentações na TV e ainda por cima no intervalo entre dois filmes. Outro detalhe que nesta época ainda era visível como comentei acima, era o fato dos caras se vestirem geralmente com cores escuras. Jagger os chamava de o 'Monstro de 4 cabeças' pois pareciam estar sempre todos com a mesma roupa.


A capa do disco do 2º filme deles chamado 'Help!' (1965),  novamente foi clicada por Freeman. A ideia original era reproduzir com sinais visuais dos braços dos Beatles, a palavra 'Socorro'. Porém, Freeman afirmou que não ficaram boas essas fotos. Então cada um foi orientado a fazer uma pose diferente com os braços, e a melhor foi aproveitada para a capa.


'Rubber Soul' (1965), foi a última colaboração de Robert Freeman com os Beatles. Após tirar várias fotos dos caras na mansão de Lennon em Weybridge, Freeman chamou os rapazes para darem uma olhada no trabalho. Uma das fotos ficou sobre a outra durante a visualização, e os caras gostaram do efeito distorcido.
Freeman então esticou a foto e a refotografou de outro ângulo. Depois ele acrescentaria que a capa fora feita desse jeito, também pela mudança no estilo de vida que os Beatles estavam atravessando.


Sempre dispostos a inovar, no álbum seguinte o 'Revolver' (1966), os Beatles contatam seu amigo de Hamburgo, o artista gráfico Klaus Voorman, e pedem que ele desenhe a capa.
Voorman, além do desenho das quatro faces dos Beatles, resolve também fazer uma colagem de várias fotos dos rapazes e as intercala - e mistura - com os desenhos. 
Ponto para os Beatles - e para Voorman - a capa marcou época.


Os caras queriam mais para o próximo trabalho: 'Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band' (1967), mudou o rumo da música no século XX a começar pela capa.
Paul teve a inspiração de uma banda dos 'Corações Solitários' e envolveu Peter Blake, artista inglês, no projeto. A ideia inicial de Paul, era colocar os Beatles trajando os uniformes militares, contra uma parede cheia de retratos de seus ídolos, e um enorme relógio floral na frente. Blake pediu aos Beatles uma lista de seus principais heróis e mandou fazer 'manequins de papelão' com o rosto dos famosos.
Tudo foi organizado no estúdio de Michael Cooper, que foi o responsável pela foto. Foram exlcuídos da fotografia Hitler (escolhido por John) e Ghandi, ambos a pedido da EMI. Também pode-se ver na capa, as imagens de cera dos Beatles do museu de madame Tussauds. As primeiras pistas do boato de que Paul havia morrido também se encontram na foto deste álbum, mas esta é outra história.
Outra novidade foi os Beatles deixar impresso as letras das músicas na contracapa.
Marco da contracultura e muito imitada e parodiada, esta capa é por si só um produto pop de consumo! 
  

Depois de tanta cor, tantas imagens saturadas, os carinhas resolveram pisar no freio. Em 'The Beatles' (1968), mais conhecido como 'White Album', seu primeiro disco duplo, a ordem era simplificar. McCartney contatou o artista e pintor Richard Hamilton, que desenvolveu este projeto a 4 mãos com Paul. 
O que poderia haver de mais simples e puro do que uma capa totalmente branca? A ideia foi em frente, sendo adaptada para ser colocado o nome da banda em relevo em letras pequenas. Algumas edições vieram numeradas, para atiçar o 'colecionismo' dos fãs.
A embalagem saiu em capa dupla, com 4 grandes fotos dos Beatles, que se poderia enquadrar, e um poster de colagens de fotos escolhidas pela própria banda e organizadas por Hamilton. Beleza pura!

Pulando o 'Yellow Submarine' (1969), chegamos ao último álbum gravado pelos Beatles: 'Abbey Road' (1969).


Várias ideias passaram pela cabeça dos caras para a capa desse trabalho, que todos imaginaram que seria mesmo o último. Cansados como estavam, e sem grandes expectativas pro futuro deles como banda, Paul sugeriu que eles simplesmente atravessassem a rua em frente ao estúdio, e depois todos poderiam ir pra casa.

Foi assim que foi clicada uma das fotos mais famosas de todos os tempos no mundo da música. McCartney chegou a fazer um esboço a caneta do que ele queria, e o fotógrafo Ian Macmillan seguiu a risca o roteiro.

Nada mais havia a ser visto ou fotografado. Os caras tinham conseguido o que queriam!!!


sexta-feira, 18 de março de 2011

Mary McCartney - Fotógrafa!


Que família!! O pai, que se chama Paul, é simplesmente o cara mais bem sucedido da história da música e multi-milionário. 
A mãe, que se chamava Linda, era uma grande defensora dos animais, vegetariana de carteirinha ( possuía uma empresa do ramo), e fotógrafa de renome.
A irmã mais nova, que se chama Stella, tem sua grife de roupas, e é quase tão famosa quanto o pai.
O irmão caçula, chamado James, após muito tempo fazendo esculturas, enveredou pela música, e lançou um EP no ano passado.
E Mary? 
Mary McCartney, seguiu os passos da mãe! Linda Eastman McCartney era fotógrafa por instinto. Seus admiradores diziam que ela nunca precisava fazer testes de luz. Seu feeling era perfeito e sabia quando a foto seria boa. Era daquele tipo de fotógrafo que não gastava rolos e rolos de filmes para depois aproveitar apenas uma foto. Era econômica no trabalho!
Mary foi pelo mesmo caminho, pelo que posso notar ao vasculhar as quase 200 páginas de seu livro 'From Where I Stand', publicado pela 'Abrams' em 2010.
O talento da moça salta aos olhos, seja clicando bailarinos anônimos, sua família ou famosos!
Na proteção da capa, temos Elizabeth Jagger, filha de Mick com Jerry Hall, animadíssima. No verso da proteção, aparece Kate Moss, em pose sensual.
Sua mãe também era conhecida por deixar os fotografados totalmente à vontade. Isto transparece nas fotos de Mary. Gente como Elvis Costello, Madona, Tony Bennett, Helen Mirren, Mariane Faithfull e Dennis Hopper são retratados sempre em alto astral.
Mary já fez duas exposições-solo, a primeira em Londres em 2004 e outra no Texas em 2007, suas fotos já pintaram nas revistas 'Harper's Bazzar' e 'Interview'. A cantora Chrissie Hynde usou os serviços de Mary para seu álbum, 'Viva El Amor'. Em 2001 Mary prestou assessoria a seu pai no projeto "Wingspan", que contou toda a história da banda Wings para as novas gerações em livro, CD e DVD. 
Aos 42 anos, Mary está casada com o diretor e escritor Simon Aboud.

Ela veio pra ficar!!

terça-feira, 15 de março de 2011

A Clockwork Orange!


Em 1975 quando entrei no cinema para assistir 'A Laranja Mecânica', certamente eu não esperava tudo aquilo! Mesmo chegando ao Brasil com 4 anos de atraso, e 'bolinhas pretas' como tapa-sexo em várias cenas, o filme causou um grande impacto! 
Inspirado no livro de Anthony Burgess, que vislumbrava um futuro repleto de 'ultra-violence', o diretor Stanley Kubrick ( Barry Lyndon, Nascido para Matar, Lolita, De Olhos Bem Fechados), consegue transmitir na 1ª parte do filme todo o horror que o livro de Burgess apregoava.


Alex, um deliquente à solta junto com seus capangas em alguma cidade do futuro, tem o prazer de violentar, estuprar e matar quem quer que apareça na sua frente. Tudo ao som da melhor música que se possa imaginar... A 9ª sinfonia de Beethoven!
Se a 1ª parte nos causa arrepios, a 2ª nos deixa nauseados. Alex é encarcerado e passa por um programa de reabilitação que visa a fins políticos, e o deixa sem qualquer opção de reação ao que lhe acontece.


A trilha-sonora, como já comentei, é composta pela 9ª sinfonia de Beethoven. Só que retrabalhada, pelas mãos do músico Walter Carlos ( depois virou Wendy Carlos), que mexia na época com um instrumento semelhante ao sintetizador, que transformava a voz humana em ruídos sonoros. O som do filme é um espetáculo à parte!


Aos 40 anos, 'Laranja Mecânica' vai ser relançado em edição especial. 
Malcolm Mcdowell, o famoso Alex do filme, concede uma grande entrevista nos extras, explicando o porque da longa vida desta obra!



Só peço o óbvio: NÃO FAÇAM UMA REFILMAGEM!!!!

domingo, 13 de março de 2011

Nicolette!!


Hoje voltei ao ano de 1978! Estava caminhando em uma rua de POA quando um som me atingiu em cheio! O som vinha de um toca-fitas no volume máximo dentro de um opala vermelho 4x100!!
Me aproximei do carro estacionado e perguntei ao motorista 'quem era'? Ele riu, como se eu tivesse descoberto um segredo muito bem guardado e me respondeu como que querendo não pronunciar as palavras.... "É a Nicolette"!!
Na hora a resposta me soou como algo sem importância: 'Nicolette?? Nem sei quem é...'. Não demorou muito comecei a ouvir aquele som, em cada canto de POA. Em lojas, carros, bares, e sem dúvida no apê onde eu estava acampado, pois fui correndo a loja de discos mais próxima e levei pra casa o álbum 'Nicolette'.
A música, vim a saber, era 'Lotta Love' de Neil Young, e o álbum de estreia de Nicolette que levava seu nome começava a bombar nas paradas.
Nicolette Larson começou como backing vocalista de Neil Young. Nascida em Montana seu gosto pela música country se fazia fortemente presente nesse primeiro álbum.
Apesar de não ter grande alcance vocal, Nicolette se valia de seu enorme 'feeling' para cantar. Era mais um caso daqueles: você ouve uma guitarra e sabe quem está tocando pelo 'feeling' do guitarrista. Neste caso eu passaria a conhecer a voz de Nicolette de longe já no primeiro verso das músicas.


Seu segundo disco lançado em 1979 foi o 'In the Nick of Time', em que ela faz uma versão linda da música 'Trouble' de Lowell George. Não por acaso, o álbum tem a participação de Paul Barrere do grupo 'Little Feat'. A canção 'Rio de Janeiro Blue' também foi muito executada no Brasil.

Seu terceiro álbum 'Radioland' já sofre influência mais pop, apesar da presença de Linda Ronstadt que se tornaria sua grande amiga. A canção-título foi o grande destaque.


Em 1982 sai 'All Dressed Up & No Place to Go', um álbum que deixa claro a falta de um melhor direcionamento da carreira de Nicolette. Músicas animadas como 'I'll Fly Away (Without You)' e 'I Only Want to Be With You' e outra canção de Lowell George chamada 'Two Trains' são o ponto alto do trabalho.


Após alguns trabalhos fracos, em 1994 ela lançou um álbum de canções de ninar chamado "Sleep, Baby, Sleep'. Nicolette era casada com o baixista Russ Kunkel e teve com ele uma filha em 1990.
Esse disco que acabaria sendo o trabalho de despedida de Nicolette, trás duetos com Ronstadt, David Crosby e Graham Nash. Nicolette investiu mais na composição, e o resultado é positivo.
Ela dedica este álbum a sua filha de 4 anos Elsie May.


Em dezembro de 1997, Nicolette Larson deixou este planeta aos 45 anos.   

 
Pra recordar, bombando agora em alto & bom som, 'Lotta love'!!!

sábado, 12 de março de 2011

Agassi e o Tênis!


Comecei a jogar tênis com uns 10 anos de idade. Meu pai jogava todas as quintas-feiras à noite no ATC aqui em SM, e eu era fã das partidas noturnas. Assistia muitas vezes a elas sentado na cadeira do juiz.
Minha 'carreira' no tênis durou até os 35 anos, quando resolvi partir para outros esportes menos cansativos.
Meu ídolos no tênis remontam a década de 70. Jimmy Connors sempre foi um exemplo de técnica e combatividade, um jogador completo. Bjorn Borg era um osso-duro de roer. Devolvia todas e não se entregava nunca, mas não gostava de seu jogo defensivo. John McEnroe, com seu comportamento agressivo revolucionou o esporte, e com suas subidas a rede a toda hora tornava o jogo mais emocionante.

Da geração mais nova, além é claro do Guga, - nunca imaginei estar vivo para ver um brasileiro ganhar um torneio do Grand Slam - nosso maior jogador, também admirava os estilos de Boris Becker, Stefan Edberg e de Pete Sampras.
Andre Agassi, eu sempre achei com um estilo mecânico de jogar, cheio também de manias e um pouco supersticioso. Porém, não há como negar que ele foi um ícone e herói do tênis.
Ganhei de presente de minha irmã Malu, esta autobiografia dele, e estou curtindo muito. Primeiro porque é dificíl achar algum livro sobre tênis e segundo porque o carinha resolveu contar tudo.
Os bastidores do tênis sempre foram alvo de muita especulação. Houve vários casos de doping no esporte e Agassi não se furta de falar sobre isso e também não esconde que usava uma grande peruca em certos momentos de sua carreira, antes de assumir a sua calvície.
A vida de tenista apesar de todo o glamour envolvido, - para os que tem talento, diga-se de passagem - é muito cansativa. Você vai da quadra para o hotel, do hotel para a quadra treinar, e depois jogar. Se perder na primeira rodada, já viaja para o país ou continente onde haverá o próximo torneio. Se você for campeão no domingo, prepare-se para jogar já na terça seguinte o próximo campeonato.
Dificilmente um atleta não acaba sua carreira antes do previsto, devido a lesões. Caso do nosso Guga!
Agassi conseguiu suportar suas dores até os 36 anos, apesar de ter que tomar infiltrações para poder atuar.
Nas primeiras páginas do livro ele já nos confessa: "Odeio o tênis".
Para quem gosta desse esporte é uma ótima pedida. Vitórias e derrotas marcantes não faltarão!!
 

quarta-feira, 9 de março de 2011

Jackson Browne


O tempo passa, mas tem uns carinhas que a gente não esquece! Jackson Browne é um deles!
Sempre ouvi o cara, baixava músicas dele, mas estranhamente nunca tive nenhum disco oficial dele!
 Agora corrigi este erro. 
Seus primeiros álbuns 'Saturate Before Using' de 1971 e 'For Everyman' de 1973, acabam de ganhar espaço na minha humilde discoteca.
Escutei muito o disco 'Time the Conqueror' de 2008, mas acabo sempre preferindo os mais antigos. Lembro que ele estourou pra valer nos  final dos 70, início dos 80 com os álbuns 'The Pretender', 'Running on Empty' e 'Hold Out', mas ainda assim considero esses dois trabalhos iniciais, os melhores de sua carreira.

No 'Saturate...' ele tem como banda base, Russell Kunkel na bateria, e Leland Sklar no baixo. Browne tocou guitarra, violão e piano e teve canjas dos guitarristas Clarence White na música 'Jamaica...' e de Albert Lee em outras duas.


Em "For Everyman', os músicos vão de Jim Keltner na bateria, Joni Mitchell no piano até participações especiais como dos Eagles Glenn Frey e Don Henley além de Bonnie Rait.
A primeira música deste álbum é o sucesso dos Eagles, 'Take It Easy', parceria de Browne com Glenn Frey. 
Jackson Browne aos 62 anos, continua tocando e compondo como um guri!

sábado, 5 de março de 2011

Bang! Bang!

Nestes tempos meio bicudos de carnaval, além de ouvir muito rock, pintou uma coceira de alguns tiros! Tiros numa boa, com base!! Tiros apenas para complementar a obra!!


Assim, me veio em mente um faroeste do Clint Eastwood em um de seus primeiros filmes como diretor, após suas parcerias com Sergio Leone e Don Siegel.
O nome do filme é 'High Plains Drifter' ou 'O Estranho Sem Nome', - que convenhamos foi uma bela tradução, embora mantivesse Eastwood estigmatizado por aqui até pouco tempo como apenas um ator de faroeste. 
Rodado em 1973, este filme nos apresenta um enredo clássico, o mocinho que vai salvar a cidade repleta de malfeitores, e ainda aguardando alguns outros bandidos que virão ter sua desforra contra os moradores! 
Só que o 'mocinho' não é tão 'mocinho' assim!
Ele protege mas ao mesmo tempo se aproveita e usa as pessoas da comunidade. O final é inesperado! 
Um clássico!


Neste mesmo ano de 1973 é rodado um filme de Sam Peckinpah, chamado 'Pat Garret & Billy The Kid'. 
Peckinpah, famoso por seus filmes violentos e com sangue a jorrar por todo lado, faz aqui uma leitura bem interessante da história do fora-da-lei William Bonney, mais conhecido como Billy the Kid. 
Billy, na verdade era conhecido como um assassino frio, traiçoeiro e covarde, que matou vários desafetos com tiros pelas costas. 
Suas histórias foram tão romanceadas que Peckinpah não resistiu e conseguiu transformá-lo num cara bem apessoado ( interpretado por Kris Kristofferson ), e com direito a ficar parecendo o injustiçado no final do filme!


O Pat Garret, xerife que caçou e matou Billy, interpretado magnificamente por James Coburn, chega ao ponto de atirar na sua própria imagem no espelho, após liquidar com o malfeitor. Temos que louvar a bela trilha de Bob Dylan, que também faz uma ponta como Alias, capanga de 'The Kid'. Assistam! 

Em 1991, Clint Eastwood voltaria ao faroeste talvez pela última vez. Sua mensagem de despedida deste gênero seria o filme 'Os Imperdoáveis' ('Unforgiven' ), marco do cinema moderno.

Este filme teve um grande impacto em mim quando o vi pela primeira vez na telona... Nunca mais fui ao cinema depois dele!! O velho oeste aqui é desmistificado, de uma maneira parecida com o filme de Peckinpah, em que não existe lugar para heróis e no qual o xerife se confunde com os bandidos.
O final, apesar do aparente heroísmo do personagem principal, é cheio de contradições.

 
Bang-Bang !!!! Bom Carnaval para quem gosta!!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Dizzy Gillespie no Brasil



Uma pequena raridade chegou as lojas! O cd 'Dizzy Gillespie no Brasil com Trio Mocotó'.
O grande trumpetista norte-americano e ícone do jazz, andou por estas bandas em 1974. Ele conheceu o pessoal do 'Trio Mocotó' e resolveu gravar com eles aqui mesmo.
Estas gravações foram deixadas de lado por Gillespie, e somente agora, 37 anos depois estão sendo divulgadas. A fita das gravações foi recuperada ao acaso por Jacques Muyal, grande amigo de Gillespie.
Muyal teve trabalho para identificar os músicos que participaram do projeto. Finalmente ele descobriu que a banda que acompanhou Dizzy até São Paulo em 1974 tinha Al Gafa na guitarra, Earl May no baixo e Mickey Roker na bateria.


O Trio Mocotó era composto por João Parayba na percussão, Nereu Gargalo no pandeiro e Fritz Escovão na cuíca. Quem dá uma canja no vocal é a cantora de jazz Mary Stallings em 'Evil Gal Blues'.
Gillespie na época tinha 57 anos e dizem que ele queria "reencontrar a sonoridade ideal, porque a música boa, de um modo ou de outro, tem cor negra." Sua intenção era produzir algo como um 'sambaBop'
As sessões que se realizaram no Estúdio Eldorado levaram 3 dias e foram realizadas no mês de agosto. Ao final, Gillespie colocou a master debaixo do braço e sumiu com ela.


Pelo que estou ouvindo, ainda bem que elas foram reencontradas!