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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Kerouac por Barry Miles!







A primeira biografia que li sobre o 'rei' da geração beat, Jack Kerouac, foi a de Ann Charters nos anos 80. Lembro que Charters fez um minucioso trabalho de pesquisa da vida pregressa de Kerouac. Seu trabalho começou a ser feito ainda no final dos anos 60, tendo inclusive visitado a Kerouac nos seus últimos meses de vida.
Ainda lembrando desse trabalho fantástico, me deparo agora com a biografia de Jack por Barry Miles. O livro se chama 'Jack Kerouac - King of the Beats' (José Olympio, 2012), tradução de Roberto Muggiati (o que dá credibilidade), Cláudio Figueiredo e Beatriz Horta.


Miles é aquele mesmo cara que ajudou ao marchand - e namorado de Marianne Faithfull -, John Dunbar, a fundar a Indica Books & Gallery, em Londres,  nos anos 60. Ali, gente como Paul McCartney, John Lennon, Mick Jagger, passavam horas perscrutando livros raros e alternativos, e admirando a arte de vanguarda exposta no porão.
Miles também foi fundador - com a ajuda de McCartney - do jornal underground 'International Times', de vida curta, mas marcante na swinging London!


Barry Miles ainda faria parte do mundo dos Beatles, como diretor da Zapple, o selo alternativo da Apple, antes de se tornar escritor.
É dele a melhor biografia de Macca até agora. Apesar de ser escrita tendo como enfoque a década de 60, ninguém foi tão longe assim na vida de Paul, e mesmo com a ajuda deste, não podemos negar que 'Many Years From Now' foi um livro isento.
Além de Macca, Miles também já escreveu sobre os Beatles, William Burroughs, Allen Ginsberg e Frank Zappa.
Esta biografia de Kerouac não é recente. Foi publicada em 1998. Mesmo com todo este atraso, vale a pena termos a visão de um especialista dos sixties, como Barry Miles, sobre o fenômeno da beat generation.


Se o trabalho de Charters foi como uma enciclopédia sobre Kerouac, o de Miles parece muito mais como comentários sobre a obra e um retrato fiel da vida e da personalidade maluca - e ao mesmo tempo careta e reacionária - do velho Jack.


Em tempos de longa-metragem sobre a vida de Jack Kerouac, nada como uma boa leitura para voltarmos no tempo e descobrirmos novamente como o oeste - e o mundo - foram conquistados pelos beats.    






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