Nestes tempos meio bicudos de carnaval, além de ouvir muito rock, pintou uma coceira de alguns tiros! Tiros numa boa, com base!! Tiros apenas para complementar a obra!!
Assim, me veio em mente um faroeste do Clint Eastwood em um de seus primeiros filmes como diretor, após suas parcerias com Sergio Leone e Don Siegel.
O nome do filme é 'High Plains Drifter' ou 'O Estranho Sem Nome', - que convenhamos foi uma bela tradução, embora mantivesse Eastwood estigmatizado por aqui até pouco tempo como apenas um ator de faroeste.
Rodado em 1973, este filme nos apresenta um enredo clássico, o mocinho que vai salvar a cidade repleta de malfeitores, e ainda aguardando alguns outros bandidos que virão ter sua desforra contra os moradores!
Só que o 'mocinho' não é tão 'mocinho' assim!
Ele protege mas ao mesmo tempo se aproveita e usa as pessoas da comunidade. O final é inesperado!
Um clássico!
Neste mesmo ano de 1973 é rodado um filme de Sam Peckinpah, chamado 'Pat Garret & Billy The Kid'.
Peckinpah, famoso por seus filmes violentos e com sangue a jorrar por todo lado, faz aqui uma leitura bem interessante da história do fora-da-lei William Bonney, mais conhecido como Billy the Kid.
Billy, na verdade era conhecido como um assassino frio, traiçoeiro e covarde, que matou vários desafetos com tiros pelas costas.
Suas histórias foram tão romanceadas que Peckinpah não resistiu e conseguiu transformá-lo num cara bem apessoado ( interpretado por Kris Kristofferson ), e com direito a ficar parecendo o injustiçado no final do filme!
O Pat Garret, xerife que caçou e matou Billy, interpretado magnificamente por James Coburn, chega ao ponto de atirar na sua própria imagem no espelho, após liquidar com o malfeitor. Temos que louvar a bela trilha de Bob Dylan, que também faz uma ponta como Alias, capanga de 'The Kid'. Assistam!
Em 1991, Clint Eastwood voltaria ao faroeste talvez pela última vez. Sua mensagem de despedida deste gênero seria o filme 'Os Imperdoáveis' ('Unforgiven' ), marco do cinema moderno.
Este filme teve um grande impacto em mim quando o vi pela primeira vez na telona... Nunca mais fui ao cinema depois dele!! O velho oeste aqui é desmistificado, de uma maneira parecida com o filme de Peckinpah, em que não existe lugar para heróis e no qual o xerife se confunde com os bandidos.
O final, apesar do aparente heroísmo do personagem principal, é cheio de contradições.
4 comentários:
Meu bang-bang preferido, na verdade é um pastelão com Terense Hill, "Meu nome é ninguém"!
Todos os outros eu assisti para ficar ao lado do meu pai em suas madrugadas insônes.
Era muito Clint Eastwood, John Wayne, William Holden e afins, fora os filmes que não eram do gênero, mas continuavam a matança com Chuck Norris e Charles Bronson...
Hhehehe, Terence Hill e Bud Spencer... que dupla!! 'Meu nome é Trinity'!! Assistia quando guri no cinema e vibrava com os caras!!!
Foi uma outra forma, sem dúvida de desmistificar o velho oeste.
John Wayne um ícone, mas não curtia muito não!
William Holden, grande ator, com um final trágico.
Os outros dois, deixa pra lá...hehehe.
Em pensar que meus 'conhecimentos' de bang bang se resumem a 'Bonanza'...!!!
Bonanza eu não perdia um episódio... Acho que era ás quintas-feiras à noite! Anos 60....
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