Em 1975 quando entrei no cinema para assistir 'A Laranja Mecânica', certamente eu não esperava tudo aquilo! Mesmo chegando ao Brasil com 4 anos de atraso, e 'bolinhas pretas' como tapa-sexo em várias cenas, o filme causou um grande impacto!
Inspirado no livro de Anthony Burgess, que vislumbrava um futuro repleto de 'ultra-violence', o diretor Stanley Kubrick ( Barry Lyndon, Nascido para Matar, Lolita, De Olhos Bem Fechados), consegue transmitir na 1ª parte do filme todo o horror que o livro de Burgess apregoava.
Alex, um deliquente à solta junto com seus capangas em alguma cidade do futuro, tem o prazer de violentar, estuprar e matar quem quer que apareça na sua frente. Tudo ao som da melhor música que se possa imaginar... A 9ª sinfonia de Beethoven!
Se a 1ª parte nos causa arrepios, a 2ª nos deixa nauseados. Alex é encarcerado e passa por um programa de reabilitação que visa a fins políticos, e o deixa sem qualquer opção de reação ao que lhe acontece.
A trilha-sonora, como já comentei, é composta pela 9ª sinfonia de Beethoven. Só que retrabalhada, pelas mãos do músico Walter Carlos ( depois virou Wendy Carlos), que mexia na época com um instrumento semelhante ao sintetizador, que transformava a voz humana em ruídos sonoros. O som do filme é um espetáculo à parte!
Aos 40 anos, 'Laranja Mecânica' vai ser relançado em edição especial.
Malcolm Mcdowell, o famoso Alex do filme, concede uma grande entrevista nos extras, explicando o porque da longa vida desta obra!
Só peço o óbvio: NÃO FAÇAM UMA REFILMAGEM!!!!
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