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sábado, 11 de junho de 2011

Synchronicity - 1983 - Estudos Psicológicos!


Quem diria que a psicologia um dia seria explicitamente apresentada ao grande público? Quando digo 'grande público', me refiro ao público da banda 'The Police', que era enorme!
Após lançar trabalhos que eu reputo medianos, como 'Reggatta de Blanc' (79) e 'Zenyatta Mondatta' (80), os não tão amigos assim, Gordon Matthew Sumner, o popular Sting, no baixo e vocal, Stewart Copeland na bateria e Andy Summers nas guitarras, fizeram história com a psicologia!
Claro, que eles já eram conhecidos. Sua música havia incorporado o reggae aos ritmos dos cara pálidas, com o disco de 79, e o formato do power-trio, sem teclado, voltou a ficar na moda com a ajuda deles, mas faltava alguma coisa!


Em 81 uma amostra um pouco melhor estruturada de sua música surgiu com o álbum 'Ghost in the Machine'. Lembro que não cansava de ouvir 'Spirits in the Material World' no rádio do carro, - alguém lembra deles tocando pra um 'Gigantinho' vazio nessa época??? Eu lembro!! -  mas o melhor ainda estava por vir.

Sting, a cabeça mais do que pensante da banda, resolveu recorrer aos seus alfarrábios culturais ( ele foi professor ), e lembrou-se do conceito da Sincronicidade de Carl Gustav Jung!
A partir desse ponto ele criou uma música e um álbum.
A banda estava terminando nesta época. E, parece sintomático ter emergido música de tanta qualidade de sessões tensas e caóticas.
Hugh Padgham, o produtor, teve uma grande parcela de culpa nesse processo. O som que ele extraiu da banda, foi mais puro do que os álbuns anteriores, apesar de mais complexo.
Lembro que a canção 'Mother' de Andy Summers foi considerada a alter-ego da 'Mother' de John Lennon dos anos 70, com suas guitarras marcantes. Sting se considerava, talvez com alguma dose de exagero, o maior sofredor do planeta em 'King of Pain'. Menos, Sting!


A canção comercial do disco, e que ajudou os rapazes a sofrerem menos foi sem dúvida 'Every Breath You Take', que junto com 'Roxane' e 'Don't Stand So Close to Me', virou sinônimo do The Police, porém tinha algumas cositas melhores no final do álbum.
'Wrapped Around [My] Finger' e 'Tea in the Sahara', são matadoras! Será que havia sincronicidade nisto? Não sei, nem me preocupei em saber. Como dizia o John, isto ficaria para os freaks, que procuram pistas nas canções. Eu queria era música de qualidade. Isto eu tive, sem dúvida nenhuma!
Ahhh, 'Murder by Numbers' que entra como bônus no CD, é uma rara parceria Sting/Summers, e vale a entrada!


Aliás, eu não perderia de novo shows desses caras. Andy Summers e Stewart Copeland se apresentaram em 86 em POA, após a separação. Show de primeira, junto com Stanley Clarke no baixo.
Sting viria em 87, e fui um dos que enfrentaram um toró no 'chiqueirão' do Olímpico pra poder vê-lo. Não me arrependi!!
Gostaria de falar mais na próxima vez sobre a fase solo, jazzística, de Sting e de Andy Summers!




2 comentários:

Altemir disse...

Parabéns pelo texto!

Gosto muito das músicas do "The Police", e também da fase solo do Sting.
Lembro que gostava da musiquinha do seriado 'Sorriso do Lagarto'.

Eduardo Lenz de Macedo disse...

Valeu Altemir! Gosto de ambos tb! Abração.