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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Os 6 Melhores!!!



Não me perguntem porque são 6!
 Poderiam ser 5 ou 10, ou 1000! Porém, foram estes 6 que me vieram na cabeça!
Escolhas, votações, sempre é difícil, todo mundo sabe. Está valendo Rock & Blues, baby!
Critério? É variável, mas a princípio pensei nos melhores músicos, nos instrumentistas. Não sou músico, logo sei que muitos irão opinar contra minhas escolhas. Uma nota errada ali, outra aqui, e está feita a confusão. Apesar disto, penso que estes músicos que escolhi tem algo a mais. Provavelmente 2 ou 3 deles sejam unanimidade, mas assim mesmo tudo é discutível!
Quero dizer também que excluo aqui os músicos de jazz, devido a sua complexa musicalidade, e que ficarei feliz em voltar e fazer um ranking diferente com eles, ok? Faço uma exceção a um instrumentista fantástico e que ficaria bem no mundo do rock e do blues!


Robert Johnson! Nº 1. Difícil descrevê-lo musicalmente para quem não o conhece. Ele foi o primeiro, o cara, que se provavelmente não tivesse pisado nessa terra, nada teria acontecido de relevante no mundo da música visceral. Suas famosas 29 canções, que ficariam eternizadas nas mãos de seus inúmeros seguidores, são até hoje ouvidas e reverenciadas! Voltando ao assunto: Johnson era um músico de mão cheia!! Seu violão, ensinou muita gente como se tocar as '6' cordas!!! AAHHH.. Foi por isso os 6!!! Imagino!


Jimi Hendrix! Nº2. Óbvio! Não sou fã, daqueles de carteira. Considero seu trabalho na guitarra inigualável, porém , parece ter faltado algo em seus álbuns! Só que ele compensa tudo, com seu 'feeling', com sua técnica insuperável. Jimi foi o cara que tocou 'Sgt Pepper's' ao vivo, 6 dias depois do lançamento, deixando Paul McCartney atônito, em Londres! Ele era uma orquestra na guitarra!!!


Jaco Pastorius! Nº3. Minha exceção a regra! O maior baixista do mundo - no free jazz! Me convenci disto após algumas discussões regadas a Beatles e Weather Report! O cara era muito músico! Acho isto o que interessa mais. Claro que seus problemas com drogas, e - depois viemos a saber - seus problemas emocionais, o prejudicaram muito. Então, eu fico pensando: como seria Pastorius se estivesse no seu máximo? Impossível saber!!


B. B. King! Nº4. O músico que deixou em nós a sensação que tudo seria fácil! Como é simples tocar o blues, não parece? Não é tão fácil assim, segundo os admiradores de King. Ele e sua 'Lucille', a guitarra que influenciou gerações, foram parâmetro para dezenas de músicos que ousavam e ansiavam pela fonte sagrada da 'six silver strings'!


Paul McCartney! Nº 5. Falando de Macca apenas como músico, acho que muita gente não o reconhece como o excelente instrumentista que é. Ele, como baixista dos Beatles, já havia sido extremamente inovador nas 4 cordas. Como guitarrista, seu instrumento de formação, também deixou sua marca no trabalho da banda. De longe o multi-instrumentista mais talentoso da banda, - baixo, piano, guitarra, bateria - Paul, em sua carreira solo, partiu para um trabalho que amadureceu o suficiente, para que ele tocasse todos estes  instrumentos sózinho, em seus álbuns!


Eric Clapton! Nº 6. Talvez o segundo óbvio! Clapton, depois de passar por bandas de blues e de um 'power trio' que marcaria época - tempo em que foi chamado de 'God', ele finalmente partiu em sua carreira solo, para o som que nós o reconhecemos, como talvez o maior guitarrista vivo. Todas as suas referências e reverências fazem parte dela, claro, sendo a principal a de Robert Johnson!
Então no final, voltamos ao princípio de tudo!


Não citei álbuns e canções, porque não achei necessário. Poderia fazer um volume 2, 3,4.. de músicos. Incluiria neles talvez Duane Allman, Stevie Ray Vaughan, Jeff Beck, Buddy Guy, etc...!


Peço aos amigos que elejam seus preferidos!
          

sábado, 17 de dezembro de 2011

Xiru Lautério e o Nosso Tempo!



Não sei em que planeta eu estava em 2007, mas não tive acesso ao primeiro trabalho do artista gaúcho Byrata, sobre o "Xiru Lautério e os Dinossauros'!
Quadrinhos talvez nunca tenha sido minha praia, mas agora quando confrontado com produtos locais de qualidade e talento do nível do 'Xiru nº2' e do "Coisa de Amador' do Paulo Chagas, comecei a encarar esta arte de uma outra forma!
Claro, eu era fã de Tio Patinhas, Pateta, Pato Donald (dos anos 60)! Gibis de Batman, Homem Aranha, e outros heróis também passaram pela minha mão.
Porém, quando chegamos a ter contato com nossos próprios autores a coisa muda de figura. Terminei de ler o Xiru II agora à tarde, e confesso que foi meio de vereda. Não consegui sofrear a leitura!
A criatividade do Byrata, trazendo Dinossauros para a atualidade, e tendo tudo a ver com Santa Maria e região, realmente é para desarmar o vivente!


Como se não bastasse, o Byrata envolve na sua máquina do tempo - no meu tempo era o 'Túnel do Tempo' - uma gama de cantores e astros nativistas que marcaram época!
 Vibrei ao ouvir (reler) a poesia de Jayme Caetano Braun. O "Bochincho', fazia parte do repertório de um primo que a declamava, sempre que tomava umas a mais! Velhos e bons tempos!
Cenair Maicá estava em alta quando entrei na faculdade, ele e seu 'Canto dos Livres", um marco!
Teixeirinha - sem comentários -, o saudoso Cerejinha,  - lembro que fui colega de seu filho Elton - e tantos outros, me fizeram voltar no tempo, e quase sentir como se estivesse ali, naquela mangueira assistindo os shows desses gaudérios! Esqueci do Gildo.... Larará Larará Larará....!!!


Byrata, precisamos urgentemente contatar esse alemão, o Hauskünstein, talvez com a ajuda do cervejeiro Lippold, e trazer esses caras de volta!
Nunca é tarde para investirmos em criatividade, talento e gente da terra.
Tua história tem tudo a ver com a atualidade e a preservação de nosso habitat. Foi um prazer enorme - graças ao Ronaldo - ler o teu trabalho!
Todo o teu esforço pra concluí-lo valeu a pena!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Ronaldinho - O Fenômeno dos Livros!



No lançamento do meu livro 'Alto & Bom Som', em dezembro de 2009, no Botequim Santo Antônio, recebi o apoio de muitos amigos.
Um novo amigo que conheci naquela noite, trazido pelo professor Aguinaldo Severino, foi o Ronaldo Lippold. Lembro de estar escrevendo uma dedicatória, e o Ronaldinho colocou na minha frente o seu primeiro livro chamado "A Culpa é do Padre", justamente na página onde se lia o patrocínio da 'Macedo Brinquedos'.
Depois de muitas gargalhadas, vim a saber que o Lippold era companheiro de padel de meu irmão Flávio, e havia publicado fazia pouco tempo seu livro. Imediatamente adquiri meu exemplar!

Na sua dedicatória ele expressou o desejo de que eu desse 'muitas risadas'. Foram muitas mesmo, Ronaldinho. Como não rir quando você lê - e parece vivenciar - histórias que tem tudo a ver com a sua cidade e sua juventude. Claro, bate também um pouco de nostalgia dos velhos tempos! Teus 'personagens' Sandália, Terneiro, Mano Velho e Banana, devo tê-los encontrado em alguma festa, destas que a gente acaba esquecendo no dia seguinte, sobrando apenas a dor de cabeça ou talvez a 'ressaca moral'!


Ano passado também tive o prazer de ser convidado para um churra na casa do Ronaldo, em que fiquei conhecendo sua esposa Neneca e toda sua família muito simpática, e onde também fui apresentado a uma impressionante coleção de cervejas.
Fiquei sabendo de sua paixão pelo tema 'cerveja', e pelo Colorado, paixões que compartilhamos.
Pois foi com surpresa e alegria que semanas atrás ouvi comentários de que ele estava publicando seu segundo livro: 'A Culpa é do Padre II - Em Busca da Cerveja Perfeita'.
Compareci ao 'Ponto de Cinema' com a Sonia, para dar meu abraço ao amigo, e também fiquei sabendo de outra novidade. Agora o Ronaldinho virou cervejeiro mesmo! Sua cerveja artesanal, fabricada com a ajuda da Neneca, se chama 'Old Lipp', e pelo que senti, sua fórmula é para paladares exigentes. 

O book II, se mostrou novamente cheio de histórias e estórias cativantes. Ronaldo nesse meio tempo perdeu alguns amigos chegados, e isto transparece nas páginas de seu livro. A ficção também se faz presente, e penso que ele se deu muito bem com ela. 'Peixe-Espada' e 'Hotel Sono Eterno' são belos exemplos.
O velho amigo Guina caprichou na 'orelha' e a diagramação ficou novamente a cargo da competência do artista Byrata! 
Lippold, além do mais, vende muito bem seu peixe, tanto que o primeiro livro já está esgotado!  


Ronaldinho, desde já ficamos aguardando ansiosamente o número III, e claro, trocaremos ideias a respeito do teu trabalho, saboreando uma Old Lipp estupidamente gelada!
Abração, amigo!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

The 'Wolfking': Whiskey, Wine & Champagne!



Existem alguns candidatos ao posto de maior 'festeiro', maior 'maluco' e de mais 'pirado' do rock!
Falo, do rock dos anos 60 e 70, preferencialmente!
Keith Moon, baterista do 'The Who'? Forte candidato! Maluco mesmo, e bebia todas, além de ter um brilhante senso de humor e energia inesgotável!
Harry Nilsson? Cantor americano amigo dos Beatles, seria outra escolha plausível. Harry era imbatível em suas festas acompanhado de Ringo Starr, John Lennon, Moon, ou quem quer que estivesse disposto a encarar doses maciças de vodca ou conhaque nos anos 70! Grande peça!
Gram Parsons? Figura lendária do country-rock, tinha por hábito ingerir substâncias que, apesar de todo seu talento, conseguiriam miná-lo psicologicamente. Uma grande perda!
Keith Richards, o único ser humano que sobreviveria a um holocausto nuclear - juntamente com as baratas -
 é hours concours!!!


O maior deles todos, porém, era um carinha nascido na Carolina do Sul. Seu nome era John Phillips!
John ficaria mais conhecido como 'Papa John', quando junto com as Mamas Cass Elliot e Michelle Phillips (sua mulher na época) e o outro Papa, Denny Doherty, fundou o grupo clássico 'The Mamas and Papas'!
De 1965 até 1968, John, com seu talento único para a melodia e composição, inundaria o mercado com canções também clássicas do nível de 'Monday Monday', 'California Dreamin'', 'I Saw Her Again Last Night', e tantas outras.
Lembram de 'San Francisco (Flowers in Your Hair)'??? Também é dele!!!

Pois bem, John teve um relacionamento turbulento ( seu segundo casamento), com Michelle (ela tinha 18 anos quando casaram). O casamento foi marcado por traições de ambos os lados, inclusive com seu companheiro de banda Doherty!
Quando finalmente o 'Mamas and Papas' acabou em 68, John foi em frente, largando Michelle e preparando seu primeiro trabalho solo.


Apesar de louco, Phillips não era bobo. Quando em 69, começou a gravar 'The Wolfking of L.A.', ele procurou quem? A nata dos músicos disponíveis na California. Quem eram eles? Já falei sobre isto em outra ocasião: os caras atendiam pelo apelido de 'The Wrecking Crew'. Na verdade, eram 'apenas' grandes músicos de estúdio da área, mas que não podiam ser melhores. Ninguém questionava os caras.
E assim, Hal Blaine na batera, Joe Osborn no baixo e Larry Knechtel nos teclados (que banda), acompanhados do guitarrista de Elvis, James Burton, deixaram sua marca neste álbum fantástico de John Phillips!
'April Anne', 'Topanga Canyon', 'Mississippi', são algumas de suas criações da época. Aaaahhhh, neste tempo seu coração já andava ocupado com a atriz Geneviève Waïte.
O problema com John, era que nada era demais pra ele. Após este primeiro álbum, ele parecia que iria definitivamente se firmar como artista solo, mas não. Seu espírito selvagem, não permitiria uma acomodação.
Seu casamento com Geneviève, começou a sofrer do mesmo problema do anterior, com amigos comentando que a sede de Phillips por bebidas e drogas, era insaciável.
O diretor de cinema Roman Polanski, lembra de encontrar John em Los Angeles nesta época, e após Phillips ser parado numa blitz, Polanski levou seu cadillac pra casa, não sem antes John lhe avisar: "Cuide da minha 'Jolly Green Giant', Roman"!!
A 'Jolly Green Giant' era uma imensa bolsa de viagem verde, onde Phillips carregava suas pílulas e drogas diversas, para qualquer lugar que fosse.

Fora a loucura toda, seu talento era incomparável. Primeiro artista a assinar com o selo 'Rolling Stone' em 1976, ele começou a gravar com as sessões sendo produzidas por Mick & Keith! Podia dar coisa boa??? Difícil!!
Depois de muito insistir com as gravações, John abandonou os trabalhos, que mais tarde foram pouco a pouco retrabalhados. Este esforço sobre-humano de Phillips só chegaria ao público após sua morte em 2001, com o título de 'Pay, Pack and Follow'. As fotos são testemunhas do astral daqueles tempos!


John voltaria a gravar nos final dos anos 90, e terminou várias de suas canções deixadas de lado ao longo dos anos. Seu segundo álbum póstumo chamado 'Phillips 66' (sua idade quando fosse lançado), arrasou!
Ele aperfeiçoou 'California Dreamin', como se fosse possível!
Numa noite de porre total de tequila com Neil Young e Stephen Stills, a canção 'Me and My Uncle' foi composta. Quando anos depois ele começou a receber seus direitos autorais pela gravação de Judy Collins desta música, ele nem lembrava que a havia composto!
'Average Man', é outro ponto alto do disco.


Outra lembrança boa era que John era muito amigo de Gram Parsons, quando este ainda era um guri. Gram ia até a casa de John e ambos, tocavam juntos, bebiam e faziam seus longos passeios de moto! A canção 'Gram's Song' é uma das mais belas homenagens que já ouvi fazerem a Gram, contando como a indústria da música ajudou a afundar o jovem e talentoso músico country.
'Whiskie, Wine & Champagne' termina o álbum, e com certeza também abreviaram a carreira de John Phillips - junto com outras cositas más!
A lenda do lobo de Los Angeles, porém, continua a assombrar os bares e noites da California!   

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Nuvem Passageira em Machu Picchu!!


Rolava o ano de 1977, eu me preparava pra cursar Bioquímica na UFSM, e uma musiquinha insistia em tocar nas rádios, primeiro gaúchas, e depois do país inteiro.
Era 'Nuvem Passageira', que a primeira vez que ouvi, não sabia quem cantava, nem entendia a letra. Em seguida achei esta canção em 'compacto simples', como chamavam o 'single', na Bobby Som, tradicional loja de venda de vinis na cidade. 
O autor e cantor se chamava Hermes de Aquino (depois viraria Hermes Aquino, numerologia talvez), e o lado 2 do compacto tinha a canção mais bem acabada - na minha opinião - que se chamava 'Machu Picchu'.
A 'Nuvem Passageira', era um fado disfarçado, com uma letra meio mística e romântica ao mesmo tempo. O grande lance para o gaúcho Hemes Aquino, foi que esta música foi parar na novela 'Casarão', e seu autor então foi descoberto por todo o Brasil.


Estou contando isto porque o selo 'Discobertas' acaba de lançar em cd, 34 anos depois os dois álbuns que Aquino lançou na época. E sabem do melhor? Curti! Descobri novas musiquinhas que naquele tempo de faculdade não dava muito importância. Talvez seja apenas saudosismo meu, vou dar um desconto!
Ouvindo agora 'Machu Pichu', fico pensando como uma novela tinha (ou tem) o poder do sucesso, porque ela é muito melhor mesmo que a nuvem.
Hermes Aquino não ficou numa novela só. Logo depois sua canção 'Desencontro de Primavera' - título de seu primeiro disco - faria parte da trilha sonora de 'Loco motivas'. Esta sim, um fado sem disfarce! Bonitinha e comercial, ela foi lançada em Portugal como single, com 'Nuvem Passageira', e estourou nas terras lusitanas.
Gosto também de 'Pedras no Meu Caminho', 'Longas Conversas' e 'Guantanamo', esta em parceria com Fogaça.


Hermes Aquino começou como músico na noite, e fazendo jingles. No início de sua carreira ele tocou muito em Santa Maria, e homenageou nossa terra, em seu segundo álbum, com o título e uma canção!
 Mais bem trabalhado que o anterior, este disco infelizmente não teve nenhuma novela pra dar uma força, e tampouco a nova gravadora de Hermes - a Capitol - parece ter se importado com ele!
Revendo este trabalho também notei uma tendência exagerada para o romantismo do autor, mas que ao mesmo tempo não soa piegas. 'Senhorita' e 'Chuvas de Verão', são belas obras, assim como 'Esperança' e 'Luzes da Cidade' que vem como bônus.


Essas duas últimas são as derradeiras gravações de Aquino, que saíram em single. Logo depois ele mandaria uma carta para a EMI se queixando da pouca atenção que lhe era dispensada. A gravadora reagiu o demitindo!
O músico, não desanimou e voltou a fazer jingles, uma de suas especialidades. Chegou a montar a banda 'Eureka', com Cláudio Vera Cruz e Zé Vicente Brizola, nos anos 80. Ele continua ligado a música!

Para este final de sexta-feira, vou recordar um pouco dos anos de faculdade e loucuras, com Hermes Aquino na 'vitrola'! Porque fui me desfazer dos vinis???

Não deu prá ti, anos 70!!!