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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Elton John - 'The bitch is back'!!





O ano de 1973 me traz boas recordações. Foi nesta época distante que comecei a me interessar mais por música!
Um dos primeiros álbuns que comprei, para ouvir numa vitrolinha portátil foi 'Goodbye Yellow Brick Road', de um certo Elton John que começava a ganhar as paradas de sucesso do Brasil e do mundo.
Eu lembro até do momento quando ouvi uma canção deste disco no rádio do carro pela primeira vez. Naquele tempo de rádio AM, havia aqui em Santa Maria, um cara que entendia tudo de som. O apelido dele era 'Baratinha', e numa destas tardes de sábado ele botou pra tocar a música 'Funeral for a Friend (Love Lies Bleeding)', de Elton. Lembro que o Baratinha comentou que "este cara sempre tinha sido muito comercial, e que, pela primeira vez dava 'uma dentro'."

Sim, o som era inovador, prenunciando a década do rock progressivo, e, claro, eu sabia quem era Elton John, porque já tinha ouvido muito o single 'Skyline Pigeon', algum tempo antes.
Moral da estória: corri para a loja mais próxima pra tentar achar essas canções, achando que estariam no mesmo álbum.
Foi então que fui apresentado a 'Goodbye Yellow Brick Road'! Não, 'Skyline Pigeon', não estava lá, que decepção. 'Funeral for a Friend', sim! Praticamente furei este vinil de tanto ouví-la! Porém existia muito mais coisa boa ali.


Uma pena que a edição do LP nacional veio terrivelmente mutilada. Depois vim a saber que o álbum original era duplo, com 17 canções, e ali só haviam 9!!! A contra-capa falava de 'ilustrações na capa interna', mas não havia capa interna. Era tudo feito para baratear o produto, e a gravadora nacional selecionou as canções que julgou ser as mais comerciais.
Mas como falei, algumas canções muito legais entraram no pacote nacional. Entre elas a linda 'Candle in the Wind', uma homenagem arrepiante de Elton a sua (e nossa) musa, Marilyn Monroe! Claro, a faixa-título, também emplacou direto nas paradas.

Comecei então (como fiz com os Beatles) a descobrir o trabalho anterior de Elton John. Logo fiquei sabendo que seu primeiro lançamento datava de 1969, e era o álbum 'Empty Sky' (ali estava a Skyline Pigeon). Seu disco seguinte que se chamava 'Elton John', tinha uma música inesquecível para mim: 'Your Song'! Até hoje a ouço como se fosse a primeira vez!

A procura me levou a outros discos muito bons como 'Tumbleweed Connection' e 'Honky Château', que possuia duas músicas clássicas: 'Rocket Man' e 'Mona Lisas and Mad Hatters'!!
Olhando para o futuro, acompanhei a carreira de Elton em álbuns como 'Madman Across the Water', e a música 'Tiny Dancer', assim como em 'Caribou', que tinha a deliciosa 'The Bitch is Back'!!

Os sucessos e as baladas nunca terminaram. Exemplos: 'Daniel', 'I Guess That's Why they Call it the Blues' e 'Levon'!
Bem, pessoal, tudo isto só pra dizer que estou 'aquecendo' pro show da 'titia' do rock, nesta terça, dia 05 em Porto Alegre!
Todas estas canções que citei deverão fazer parte do espetáculo!

Notícias na volta!!!  


domingo, 10 de fevereiro de 2013

WONDERWALL!!!




Aproveitando o domingo de carnaval, pra rever este delicioso filme de 1967.

'Wonderwall' surgiu de uma estória bolada por Gerard Brach, o roteirista preferido, amigo e colaborador de Roman Polanski.
Tudo gira em torno do Professor Collins, um daqueles tipos 'cientista maluco', magistralmente interpretado pelo ator cômico inglês, Jack MacGowran.
O professor percebe música indiana vindo do apartamento ao lado, e consegue através de um pequeno buraco na parede assistir a tudo que rola nesse apê!
Claro, que ele é habitado pela deslumbrante Penny Lane (Jane Birkin), uma modelo famosa, que pratica ioga, promove festas de arromba, e namora um carinha sempre na moda (Ian Quarrier).
O professor apaixona-se por Penny, e toda sua vida é literalmente virada do avesso.


Eu diria que esse filme daria um excelente video-clipe. Ele parece um 'Magical Mystery Tour', com um pouco mais de roteiro.
 A comédia se torna um veículo para o talento de MacGowran, o que não é pouca coisa, mas acho que se  esperava mais dele. A fotografia é muito legal, colorida ao extremo, temos também a participação do grupo 'The Fool' com suas enormes telas e pinturas em 3D.
Sim, amigos, vamos nos lembrar que estávamos em 1967, e o psicodelismo imperava, inclusive no cinema.

A música, outro diferencial, ficou a cargo de George Harrison, que caprichou na sonoridade indiana, adaptando-a, de maneira tal, que a confundimos com o próprio filme!

Jane Birkin, está sempre bonita, mas ainda por cima mais jovem e não precisando abrir a boca, então melhor ainda!


Os extras vão desde uma música instrumental de Clapton, passando por um poema de John Lennon, até um curta chamado 'Reflections on Love', talvez a coisa mais próxima que se tenha de uma fotografia acurada da 'Swinging London'.

Joe Massot, o diretor, que foi premiado pelo curta em Cannes, depois teria participação no musical 'The Song Remains the Same' do Led Zeppelin, e sua carreia acabou sendo curta também no cinema.

Ian Quarrier sumiu junto com os anos 60!
Birkin, melhorou muito como atriz, e junto com seu marido Serge Gainsbourg, ficou famosa também como cantora!


MacGowran, que já havia atuado com sucesso, em 'Cul de Sac', (Armadilha do Destino) e 'The Fearless Vampire Killers', (A Dança dos Vampiros), ambos de Polanski, é considerado um dos maiores atores cômicos ingleses de todos os tempos.

Pra não precisar assistir carnaval, esse filme é uma boa diversão!

 Como diz o cartaz: '....Let Your Mind Wonder...'!!!