Total de visualizações de página

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Kerouac por Barry Miles!







A primeira biografia que li sobre o 'rei' da geração beat, Jack Kerouac, foi a de Ann Charters nos anos 80. Lembro que Charters fez um minucioso trabalho de pesquisa da vida pregressa de Kerouac. Seu trabalho começou a ser feito ainda no final dos anos 60, tendo inclusive visitado a Kerouac nos seus últimos meses de vida.
Ainda lembrando desse trabalho fantástico, me deparo agora com a biografia de Jack por Barry Miles. O livro se chama 'Jack Kerouac - King of the Beats' (José Olympio, 2012), tradução de Roberto Muggiati (o que dá credibilidade), Cláudio Figueiredo e Beatriz Horta.


Miles é aquele mesmo cara que ajudou ao marchand - e namorado de Marianne Faithfull -, John Dunbar, a fundar a Indica Books & Gallery, em Londres,  nos anos 60. Ali, gente como Paul McCartney, John Lennon, Mick Jagger, passavam horas perscrutando livros raros e alternativos, e admirando a arte de vanguarda exposta no porão.
Miles também foi fundador - com a ajuda de McCartney - do jornal underground 'International Times', de vida curta, mas marcante na swinging London!


Barry Miles ainda faria parte do mundo dos Beatles, como diretor da Zapple, o selo alternativo da Apple, antes de se tornar escritor.
É dele a melhor biografia de Macca até agora. Apesar de ser escrita tendo como enfoque a década de 60, ninguém foi tão longe assim na vida de Paul, e mesmo com a ajuda deste, não podemos negar que 'Many Years From Now' foi um livro isento.
Além de Macca, Miles também já escreveu sobre os Beatles, William Burroughs, Allen Ginsberg e Frank Zappa.
Esta biografia de Kerouac não é recente. Foi publicada em 1998. Mesmo com todo este atraso, vale a pena termos a visão de um especialista dos sixties, como Barry Miles, sobre o fenômeno da beat generation.


Se o trabalho de Charters foi como uma enciclopédia sobre Kerouac, o de Miles parece muito mais como comentários sobre a obra e um retrato fiel da vida e da personalidade maluca - e ao mesmo tempo careta e reacionária - do velho Jack.


Em tempos de longa-metragem sobre a vida de Jack Kerouac, nada como uma boa leitura para voltarmos no tempo e descobrirmos novamente como o oeste - e o mundo - foram conquistados pelos beats.    






terça-feira, 19 de junho de 2012

The Byrds & Gram Parsons







Em 1968 a banda americana The Byrds estava diferente. Seus membros fundadores Gene Clark e David Crosby já haviam partido.
Roger McGuinn não estava disposto a entregar tão facilmente os pontos, e desistir da banda. Primeiro ele chamou Chris Hillman, um baixista, guitarrista e brilhante tocador de banjo do country puro, e este lhe indicou um rapaz da Florida chamado Gram Parsons.
Parson, aos 21 anos, já tinha uma bagagem country respeitável. Ele havia lançado um álbum chamado 'Safe at Home' junto a International Submarine Band, além de seu trabalho anterior com The Shilos, e era um respeitado músico de estúdio.
Na sua ida para o Byrds, pesou a amizade com Hillman, e principalmente o novo projeto da banda.




McGuinn tencionava mudar totalmente o enfoque dos Byrds. A psicodelia teria que ficar para trás. Ele queria um som mais forte, falando da música americana desde os primórdios do século XX. A intenção era trabalhar com rhythm & blues, apalachian music, bluegrass, country e o que mais pintasse de som nativo.
A presença de Parsons, no entanto, acabou sendo determinante para que o trabalho se direcionasse totalmente para a country-music.
O disco 'Sweetheart of the Rodeo', lançado em agosto de 1968, inicialmente não teve uma boa acolhida. Quase ninguém estava preparado para aquele tipo de música.  Atualmente, porém, é considerado um marco do country-rock.
Sim, Gram Parsons, conseguiu influenciar de tal forma McGuinn e sua turma, que se o álbum pudesse ter contado com os vocais de Parsons, como era o proposto, talvez até pudesse ser considerado um trabalho solo do caipira da Florida.
Na época, Gram estava preso a um contrato ainda do tempo da International Submarine Band, e seu nome teve que ser escamoteado dos trabalhos.
Ainda assim, sua composição 'Hickory Wind', dá o ar da graça no LP original com seu vocal inconfundível.
McGuinn faz um belo esforço com a canção 'You Ain't Going Nowhere' de Dylan, e Hillman aparece em grandes momentos como 'I am a Pilgrim' e 'Blue Canadian Rockies'. Ainda assim, Parsons se mostrou dominante e conseguiu contribuir com outra canção chamada 'One Hundred Years From Now', cantada pela dupla Hillman e McGuinn.  




Nos anos 90, finalmente vieram a tona em CD os trabalhos originais da época. Nesta edição digital, vários vocais de Parsons surgiram como bonus-tracks em takes de ensaio, que soam melhores que os lançados nos anos 60.
Ouça com atenção os diamantes brutos 'You're Still on My Mind', 'Life in Prison' e a mesma 'One Hundred Years From Now', agora na voz de Parsons. Soam diferente de tudo que você já ouviu em termos de country-music. Provavelmente veio daí o termo country-rock, que mais tarde ganharia o mundo com a banda Eagles, mas Gram Parsons foi o pioneiro!


Há poucos dias, ouvi o vinil original de 'Sweetheart of the Rodeo', com seu som balanceado e peculiar. Poucos álbuns do country podem se equiparar a esta obra-prima. O tempo passa, e ele parece cada vez melhor!


Nunca mais The Byrds repetiria esta fórmula, pois já no ano seguinte Parsons estava longe, lançando outro trabalho marcante e inovador com sua nova banda 'The Flying Burrito Brothers', chamado 'The Gilded Palace of  Sin', que também merece ser analisado mais profundamente.


Se você não conhece, ou não tem este trabalho, baixe, compre ou peça emprestado. Se você tem em casa o vinil ou o CD de 'Sweetheart...' ponha pra tocar esta noite, e erga um brinde a Gram Parsons e ao country!!!  


Cheers, man! Sound as ever!!!



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Macca 70!!!



    


                                                       

 James Paul McCartney, nasceu em Liverpool, Inglaterra, no dia 18 de junho de 1942. O garoto  se interessou pela música desde cedo. Assim que soube que seu pai, havia liderado um grupo de jazz, a Jim Mac’s Band, Paul passou a ouvir atentamente os acordes do velho Jim ao piano. Seu primeiro presente foi um trompete, que ele espertamente trocou por um violão, por não poder cantar ao mesmo tempo.

Menino auto-didata, Paul começaria a praticar em casa, e sua vida logo se transformaria para sempre, quando em 1957 encontrou outro garoto que curtia o novo ritmo da moda, o rock’n’roll, cujo maior expoente era Elvis Presley! Aquele menino se chamava John Lennon. Os dois talentos se completaram. Estava formada a maior parceria da história da música!


Do início de seus ensaios, naquele distante ano de 1957, até 1962, data da primeira gravação dos Beatles - há exatos 50 anos -, os dois seriam acompanhados por vários aspirantes a músicos. Dois ficariam. O guitarrista George Harrison e logo depois, o baterista Ringo Starr.

O resto, como costuma se dizer, é história! E que história!!! Durante oito anos os Beatles, sacudiram o planeta, transformando não somente a música, como também os costumes.
Cabelos cresceram, maneiras de se vestir foram alteradas, bandas de rock viraram moda, tabus sexuais foram quebrados e a paz e o amor ganharam projeção mundial!
O sonho acabou em 1970, mas não para Paul!

Com o final da banda, Macca – seu apelido dos tempos de colégio – passeou pela carreira-solo e com seu grupo dos anos 70, o ‘Wings’ -, com enorme desenvoltura.
Temos que admitir que houve sempre um pouco de má vontade dos críticos contra McCartney. No tempo dos Beatles ele havia sido o último a experimentar as drogas, sendo por isto taxado como o careta da banda. Quando a banda se separou, a primeira coisa que Macca fez foi chamar sua esposa Linda, para participar de seu novo grupo, causando uma ojeriza generalizada na imprensa. Como poderia Paul McCartney misturar sua via pessoal com a música? Os discos experimentais de Lennon com Yoko gritando, foram devidamente esquecidos pela mídia especializada.


Paul superou tudo isto, e não abriu mão de sua companheira nas gravações. De fato, Linda acompanharia Paul também em sua vida profissional, durante o restante de sua vida.


É muito difícil comparar qualquer trabalho de um ex-Beatle com seu passado famoso. Entretanto, álbuns como ‘Band on the Run’, ‘Tug of War’ e ‘Chaos and Creation in the Backyard’, são sem dúvida alguma, testemunhas do inigualável talento criativo de McCartney.

 Além dos milhões de discos vendidos – de rock, de música clássica e eletrônica - e de ser considerado o artista mais bem sucedido de todos os tempos, pela publicação ‘Guiness’ em 1979, McCartney também atuou como poeta, pintor e escritor.

Em 1997, uma quase auto-biografia de Paul  é publicada, com o título de ‘Many Years From Now’. O autor, Barry Miles, baseou-se em lembranças de Macca dos anos 60, para fazer uma bela retrospectiva da época, e desmentir muitos mitos criados sobre os Beatles, como por exemplo o de que Lennon era o cara do som experimental - só foi ser quando conheceu Yoko - e McCartney era o 'certinho'!

Neste mesmo ano, Paul McCartney foi sagrado cavaleiro pela Rainha da Inglaterra, 32 anos depois de – segundo a lenda - fumar maconha no banheiro do Palácio de Buckinham, quando recebeu junto aos seus parceiros o título de ‘Membros do Império Britânico’, mas tempos difíceis o aguardavam.


A maior tragédia da vida de McCartney, sem dúvida , foi a morte de Linda em 1998. Sabemos também  que a morte súbita de sua mãe, quando ele tinha 14 anos, foi devastadora. A perda do parceiro John Lennon, assassinado em 1980, também o deixou terrivelmente chocado. Porém, perder sua companheira de 30 anos pesou demais para Macca. 
Foram três décadas em que o casal praticamente não se separou. Além dos filhos, - Mary, Stella e James – do compartilhar da música, e da fotografia, eles dividiram também o amor pelos animais e pelo vegetarianismo. Paul e Linda, envolveram seu nome em movimentos como Peta e o Greenpeace, buscando uma nova consciência para o planeta.
 McCartney iria segurar a barra sozinho?
Sim, amigos. Paul continuou sua luta pela ecologia e pelos direitos dos animais, mesmo após a partida de Linda, como uma forma de homenagear a eterna parceira.

A vida seguiu em frente, e em 2001 Macca estreou uma exposição de seus quadros na Alemanha, - ele sempre foi grande fã de René Magritte, e a ideia da maçã para logo da Apple veio através de uma pintura de Magritte - e logo depois o livro ‘The Paul McCartney Paintings’ era publicado. Como poeta, além de suas belíssimas letras, foi publicado também em 2001 o livro ‘Blackbird Singing’, contendo vários poemas inéditos.
Novos percalços aconteceram, entre eles a perda do ex-parceiro George Harrison para o câncer, e um casamento desastroso em 2002, com a ex-modelo Heather Mills, que terminou em divórcio seis anos depois. Nem tudo foi tristeza neste relacionamento. Paul foi pai novamente aos 60 anos de idade, com a chegada da pequena Beatrice Milly. 


Turnês também mantiveram Paul nos holofotes desde a década de 90. Após visitar o Brasil pela primeira vez em 1990, com um recorde de 184 mil pessoas no Maracanã, McCartney retornaria a nosso país em 1993, e mais recentemente em novembro de 2010, quando lotou o estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.  
Ano passado, Sir Paul encontrou o amor novamente, e partiu para o terceiro casamento com a empresária Nancy Shevell. No início deste ano, seu álbum ‘Kisses on the Bottom’, em que ele interpreta antigas canções que ouvia em sua infância, é lançado com grande sucesso.
Sir Paul McCartney, parece ter gostado do Brasil. Em abril esteve aqui novamente, levando milhares de pessoas ao delírio em Florianópolis e Recife.

Talvez o mais ativo dos antigos superstars da música, ainda atuante, muitos perguntam quando Macca vai se aposentar. A resposta que ele costuma dar é “porque se aposentar?” A verdade é que ele faz o que sempre gostou, e parece gostar cada vez mais.
Bem, amigos, sucesso quase sempre é sinônimo de Macca! Convido então os leitores para que coloquem uma balada ou um rock beatle na vitrola, e façam uma viagem só de ida ao mundo da música de Paul McCartney! 

Nós merecemos!      


terça-feira, 12 de junho de 2012

Paul McCartney - O Meu 'Top 40'!





Inspirado por uma semana toda dedicada a Paul McCartney, resolvi escolher as minhas 40 canções favoritas de Sir James! Devo dizer que a tarefa se revelou árdua, e após noites e mais noites em claro cheguei a seguinte listagem:


1- Penny Lane- Paul não era muito de reminiscências, mas provavelmente influenciado por John (In my Life, Strawberry Fileds), fez uma reconstituição na sua cabeça de uma Liverpool mágica. O ritmo é contagiante.


2- Eleanor Rigby- Tudo bem, 'Yesterday' veio antes, mas Eleanor Rigby consolidou Paul - e os Beatles - como compositores 'sérios'.


3- Let It Be- Composta na fase turbulenta da separação, Paul a atribuiu a um sonho com sua mãe, que o confortava, dizendo que tudo daria certo. Piano de Paul, e guitarra de George são os destaques. 


4- Band on the Run- Uma das melhores canções da carreira-solo de Paul. Mudanças de ritmo, muita percussão, guitarras, e um belo arranjo a tornam especial. 


5- With a Little Help From My Friends- Composta para o vocal de Ringo, ela soa atual até hoje, com versões arrasadoras. A de Joe Cocker, por exemplo, é antológica..  


6- Oh! Darling- Paul treinava toda manhã ao chegar ao estúdio para que seu vocal soasse com a crueza necessária de quem tinha cantado o dia todo, e ele conseguiu.

7- Maybe I'm Amazed- Canção cultuada por muitos como uma das mais belas músicas românticas já escritas. O solo de guitarra, tocado por Paul, - que aliás tocou todos os instrumentos - é outro ponto alto.


8- Back in the USSR- Rock de primeira, e Paul tocando bateria, além de baixo e guitarra.


9- I Saw Her Standing There- Para primeira música do primeiro álbum dos Beatles, um grande rockinho, uma amostra do que estava por vir.


10- The Long and Winding Road- Outra da fase difícil da separação dos Beatles, mas mais uma peça criativa e instigante de Macca. Infelizmente, no álbum Let It Be, ela foi suavizada e acrescentada de coral por Phil Spector.


11- All My Loving- "A primeira das grandes..." segundo Lennon. A guitarra de George arrasa.


12- She's Leaving Home- Brian Wilson dos Beach Boys, a considerava uma das melhores canções já compostas. Um tema real sobre uma jovem abandonando a casa dos pais, que Paul leu nos jornais. Arranjo de Michael Leander.

13- Get Back- Inspirada em conflitos raciais com paquistaneses na Londres do final dos anos 60. Era anti-racista, apesar de muita gente não entender. John achava que Paul estava mandando Yoko 'voltar pro seu lugar...'


14- For No One- Junto com Eleanor Rigby e Yesterday, pode se considerar como uma trilogia erudita de Macca. Sua relação com Jane Asher estava azedando.

15- Paperback Writer- Produção inovadora, na esteira de 'Rubber Soul', e antecipando a revolução que viria com 'Revolver'. Paul toca baixo Rickenbacker, em vez do velho Hoffner. O som mudou!


16- Too Much Rain- O 'Chaos and Creation..' é pra mim, sem dúvida, o melhor trabalho solo de Paul. Esta canção ele conta que foi inspirada em 'Smile' de Charles Chaplin. Tão charmosa quanto, mas mais romântica.
.
17- Junk- Esqueçam a simplicidade da gravação caseira e prestem atenção na melodia, e na letra triste. É Macca no seu melhor.


18- Mull of Kintyre- O single mais vendido no Reino Unido por quase uma década. Homenagem ao seu 'spa' na Escócia.


19- Yesterday- Esta é só a canção mais regravada de todos os tempos! Paul sonhou com a melodia, acordou e foi direto ao piano... Depois o cara não é gênio..... A letra inicial era: "Scrambled eggs, oh baby, how I love your legs..." hahaha.




20- Sgt Pepper's- Toda a ideia do álbum foi de Macca. Esta introdução, mudaria o curso da música pop.


21- Follow Me- Outra do 'Chaos...' Me parece uma canção visionária.


22- Ob-la-di Ob-la-da- Dos tempos da India em 68. Uma brincadeira, que a maioria das pessoas não entendeu - Lennon inclusive - mas que serviu para apresentar o reggae aos branquelos.


23- Live and Let Die- Tinha que ter pique para ser canção de James Bond, o 007! Ao vivo é imbatível!


24- When I'm 64- Canção vaudeville, e homenagem ao velho Jim McCartney!


25- Blackbird- Politizada, coisa rara em Paul. Os Black Panthers estavam no auge em 68. O violão rouba a cena.


26- She Came in Through the Bathroom Window- Se fosse concluída talvez fosse uma das melhores peças Beatles. Faltou algo, mas mesmo assim, a entrada de Paul após o medley de John é antológica. Joe Cocker, sabe o que é bom!


27- Letting Go- Outra pérola escondida nos álbuns de Paul. Esta é só para quem curte o charme romântico do baladeiro McCartney.


28- We Can Work It Out- Mostra o lado otimista de Macca em contraste com o pessimismo de John. Nada como resolver os problemas, não é?


29- I've Got a Feeling- Rockão, em que Macca descarrrega muito de sua adrenalina, no final dos Beatles. Impressionante como ainda saía música de qualidade, apesar de todos os problemas.


30- Mamunia- Acho essa uma clássica de Macca. Percussão, baixo marcado, simplicidade e ao mesmo tempo soa exótica! Gravada durante um toró na Nigéria.


31- Hope of Deliverance- O cara compõe fácil, grava fácil, e a coisa vira um sucesso! É simples. Ao menos parece!


32- Ebony and Ivory- Paul chamou Steve Wonder, para gravar este hino contra o racismo. Hoje tem gente que critica este esforço. Uma pena.


33- Birthday- Paul pensou: vamos nos reunir e cantar uma canção juntos... John, George,  Ringo e suas esposas e namoradas participaram e a festa rolou solta.
  
34- You Won't See Me- Típica da época das briguinhas com Jane Asher, sua namorada que estava mais interessada na carreira. Simples e direta.


35- The End- Só por ser a última canção já seria clássica, mas com seu verso final lembrando que o que aqui se faz, aqui se paga..... Não precisava mais nada depois disto!!!


36- Can't Buy Me Love- Paul adorou quando Ella Fitzgerald gravou esta. Ele deve ter pensado: "Bem, nós conseguimos"!!!


37- Things We Said Today- Ainda sobre seu relacionamento com Jane. Paul estava apaixonado por ela na época.


38- My Love- Canção de 73 para Linda. Sucesso em single, e um exemplo de que a banda Wings, não era ruim. O solo de guitarra de Henry McCullough é contundente.


39- Let'em In- Versatilidade ao extremo de Macca. Ele sabe tirar leite de pedra. Letra simples, convidando os mais chegados a visitá-lo, e instrumentação enxuta. Resultado: sucesso!


40- Coming Up- Mega-hit de 1980. Paul a compôs em 79, mas só a lançou em single, após a experiência desastrosa de sua prisão no Japão. Foi direto pro nº1!


   


Bonus:
41- Another Day- Pode se considerar esta canção como a Eleanor Rigby Pop. Tão densa e dramática quanto a canção de 66, porém mais digerível!


42- Helter Skelter- Rock da pesada feito pra competir com The Who! Hoje uma das favoritas nos shows ao vivo.


43- Rock Show- Outra abertura de shows. Em 1975, ela colocava peso no álbum 'Venus and Mars'.


44- Mrs. Vandebilt- Ritmo pulsante, que hoje em dia Paul recuperou para os shows ao vivo.


45- 1985- Se destaca pelo belo piano de Macca. Era uma canção em que ele tocava praticamente todos os instrumentos. Como se tornaria natural.


46- Getting Better- Otimista como sempre. Feita de encomenda para Pepper's, após Paul descobrir esta frase dita por um jamaicano amigo dos Beatles - que depois queria os royalties da música...


47- Magical Mystery Tour- Introdução para o filme de mesmo nome feito para a TV em 67. Vibrante e animada. Pena que ficou associada ao filme.


48- Yellow Submarine- O cara sabe fazer música para animar festas, sabe fazer rocks, baladas, vaudeville, reggae, country, blues... Porque não fazer uma direcionada as crianças?


49- This One- Balada de 1989. Uma das mais bonitas que já vi Paul tocar ao vivo.


50- Your Mother Should Know- Charmosa e bonita! Acho que é um resumo das composições de Macca!


Obs.: Como fui esquecer de 'Hey Jude'. Gravação histórica de 68 em que os Beatles conseguiram chegar ao nº 1 com uma canção de mais de 7 minutos de duração. Paul, neste caso lembra do pequeno Julian, filho de Lennon, que estava sofrendo com a separação dos pais.


Obs.II: 'Here Today', 'conversa' de Paul com John após a partida do parceiro também merece entrar na lista!
E assim, as 40 acabaram se tornando 52!!! 













segunda-feira, 11 de junho de 2012

A Arte de Bea Feitler!







Através da revista VEJA fiquei sabendo da publicação de uma biografia de Beatriz Feitler! O livro é organizado pelo sobrinho de Bea, Bruno Feitler, e comentado pelo designer André Stolarski.
Bea Feitler, para quem não sabe, foi uma das maiores 'graphic designers' do mundo. Ela exerceu seu trabalho principalmente em Nova Iorque nos anos 60/70 e início dos 80.




Trabalhou em publicações como 'Senhor' no Brasil, e lá fora em 'Harper's Bazaar', 'Ms', no projeto da volta da 'Vanity Fair' e 'Rolling Stone' entre outras, fez designs de capas de discos, e trabalhou em sintonia com vários fotógrafos famosos, entre eles Richard Avedon e Annie Leibovitz. O estilo de Bea tinha muito a ver com o Brasil, apesar de morar nos EUA. O uso de cores fortes e vibrantes, misturadas com fotografias e uma tipografia ousada, davam pistas de uma evidente latinidade. 




A dupla Bea e Annie por sinal, foi responsável por uma das capas de revista mais famosa de todos os tempos. A histórica foto de John Lennon nu, abraçado a Yoko, vestida, - que foi clicada por Annie, horas antes de seu assassinato, - foi capa da Rolling Stone em janeiro de 1981. Bea bolou a foto sem 'chamada' alguma, dando ampla visibilidade apenas a imagem do casal apaixonado. A capa é de arrepiar se pensarmos no que aconteceu.




Outro trabalho interessante foi o projeto visual para o livro 'The Beatles' de Geoffrey Stokes, publicado em 1980. Na capa e contra-capa, as imagens de Paul e John, em fotos da época da Beatlemania, são colorizadas e trabalhadas por Andy Warhol, o mago do underground novaiorquino (na edição americana a capa se desdobrava com George e Ringo) . Bea Feitler ajustou perfeitamente o desenho de Warhol para uma capa que por si só já vale o livro, além de todo o planejamento visual


.
Entre as capas de discos, seu melhor trabalho talvez tenha sido com os Rolling Stones, no álbum 'Black and Blue' de 1976. Em poses cuidadosamente elaboradas por Bia, os Stones se espalham pela capa, em ângulos simétricos. Big shot!


Enfim, estou curiosíssimo para ler esta biografia, publicada pela CosacNaify, em que seu trabalho finalmente ficará mais exposto aos seus fãs brasileiros. O livro é recheado de fotos da arte de Bea.
A carioca Bea Feitler, faleceu em 1982, e agora, 30 anos depois, finalmente deverá ter todo seu trabalho reconhecido no Brasil.



Paul McCartney!!



                                                                                           M.J. Kim
                                                                                     
Declarada aberta a semana MACCA!!!
Exatamente daqui a uma semana, dia 18 de junho, Paul McCartney completará 70 anos de idade!


Comemorações pelo mundo inteiro certamente não faltarão. O ex-Beatle sempre curtiu o sucesso, isso não se pode negar. Mesmo antes da morte prematura de John Lennon, Paul era o Beatle com a carreira mais homogênea  dos caras.


                                                                       Andrew Parsons




Além da enorme quantidade de álbuns vendidos, sua popularidade se firmou ainda mais em turnês vitoriosas como a com sua banda Wings em 1976, pela Europa, Austrália e América do Norte.
Em carreira-solo, ele faria excursões mundiais em 1990 e 1993 (as duas primeiras visitas ao Brasil), e novamente em 2010/2012, se apresentando nos quatro cantos do planeta!


                                                             Mary Ellen Matthews


Para iniciar bem esta semana, deixo algumas imagens marcantes de Sir Macca, que fazem parte do livro 'Paul McCartney - The Legend Rocks On' de James Kaplan. Esta publicação é da revista Time, de 2012!




















quarta-feira, 6 de junho de 2012

O Bruxo de New Orleans voltou!





Seu nome completo é Malcolm John Rebennack Jr. Alguns o conhecem pelo nome mais simples que ele assina em suas composições: 'Mac' Rebennack.
Para quem gosta de um bom rythm'n'blues, porém, ele será eternamente conhecido como Dr. John, o pianista! Mas não se enganem, não é um rythm'n'blues puro, é uma mistura, em que a fórmula varia, mas sempre com muito balanço e tempero.
Enfim, é o som de New Orleans, que ninguém melhor que o 'Doutor' consegue traduzir.
Consta na lenda de Dr. John, que além desses ingredientes, ele também foi aluno de um 'shaman', e se aprofundou nos estudos de 'voodoo'. Tudo isto sempre fez parte de sua música.


Lembro com saudade dos anos 70, quando o seu disco 'Dr. John's Gumbo', caiu nas minhas mãos. A canção 'Iko Iko', era uma parceira inesquecível de sábados insones. Também a 'Blow Wind Blow' e sua composição 'Somebody Changed the Lock' se tornaram inesquecíveis para mim.




Pois bem, Mac Rebennack está de volta. Desta feita com um trabalho gravado em Nashville, com a produção do guitarrista Dan Auerbach. O álbum se chama 'Locked Down', e depois de uma rápida audição, percebi que Dr. John, continua o mesmo. Apenas inventaram uma nova definição para sua música, que agora se chama 'tricknology'!! As faixas 'Big Shot', 'Ice Age' e 'You Lie', certamente são coisas de 'tricknologistas', apesar de eu não fazer a menor ideia do que seja isto!!
Você também pode assistir Dr. John tocar nos DVDs de Martin Scorsese da série 'Blues'. Suas performances geralmente equivalem a aulas de piano.
Ano passado este americano foi parar no Hall da Fama do Rock'n'Roll, o que deve ter sido motivo de piada para ele.
De qualquer forma, é muito bom saber que Dr. John, aos 71 anos, está novamente lépido e faceiro, e quem sabe não pinta uma turnê?    
Adeptos não faltariam!